terça-feira, 19 de julho de 2011

Um dia eu li um livro....



   Eu um dia li um livro, e me encantei por aquelas letras, morri junto com um personagem e revivi junto com uma fênix. Flutuei junto com fantasmas e pisei firme junto com um meio-gigante. Senti o vento gelar minhas orelhas junto com testrálios e esquentei-as com uniformes escolares. Senti raiva junto com um governo incompetente e felicidade junto de personagens incríveis. Comprei passagens para estações impossíveis e desembarquei em cidades que não estão no mapa. Voei nas as costas de hipogrifos e ouvi conselhos de elfos domésticos. Hospedei-me em casas encantadas e acordei em bares bruxos. Voei com artilheiras habilidosas e derrubei adversários com batedores idênticos. Apanhei pomos de ouro e os vi sendo apanhados. Desapareci em um lugar e apareci em outro. Desfrutei de sabores exóticos e de sabores que eu nem sabia quais seriam, até provar. Vivi a magia de estudar e lutar nessa fantasia interminável e mais forte do que muita coisa. Descobri que o amor e a família eram mais fortes do que muita magia. Assisti a morte dos meus personagens favoritos, e assisti o assassinato daqueles que eu mais detestava. Vi uma senhora ruiva provar o quanto era extraordinária. Vi uma sangue ruim vencer aqueles que se julgavam melhores por terem o sangue puro. Vi um covarde aprender a defender-se tendo como impulso e desejo de vingança. Eu vi e revi todas as aventuras mais alucinantes que você colocou nessas paginas. Nessas tantas paginas com as quais me deliciei durante madrugadas. Foi do lado do seu livro que eu vi o sol nascer e vi a lua sair de cena. Foi com teu livro que me aventurei por um mundo totalmente novo e desconhecido. Eu visitei lojas com todo tipo de artefato. Comprei cervejas que podiam ser bebidas por menores. Fiquei invisível sob os olhos da autoridade, e estes – devo ressaltar – estavam atrás de uma cortina de cabelos sebosos, mas que pertenceram ao homem mais corajoso do mundo! Eu senti o cheiro da poção do amor. Eu vi beijos que tiravam as pessoas do chão. Eu vi a morte de inocentes por vilões cruéis, a morte de vilões cruéis por inocentes. Eu vi a dor que passa uma vítima da guerra, eu vi a dor que passa um órfão sem parentes legais ainda vivos. Eu vi a dor que passa algum com muitas responsabilidades e alguém com um passado vergonhoso. Eu mergulhei dentro de lembranças, eu revivi as memórias e as andanças de gente que sequer conheço. Eu fui apanhado de surpresa por mortes que não esperava, e esperei por mortes que já pretendia ver. Eu matei, eu torturei, Eu controlei. Eu burlei a lei e passei por cima de um ministério, eu também fiz questão de destruir uma fonte que só revelava uma mentira. Eu duelei com o maior dos vilões, eu o matei e o vi matar. Eu chorei junto de uma mãe desconsolada, eu receei pela morte do que eu queria ver vivo. Eu torci para que vencesse um duelo, eu ri das piadas de dois comediantes ruivos e magrelos. Eu pulei de alegria com as vitorias de um grupo incrivelmente talentoso. Eu dei risada de uma personagem severa que tinha o talento de destruir sutilmente a moral de uma inquisitora arrogante.  Eu tive o prazer de ver esta sendo carregada por mestiços, eu enchi o peito de orgulho ao saber que ela foi salva pelo homem que ela mesma visava destruir. Eu dei risada da maneira calma de um velho sábio tratar seus problemas. Eu ri alto ao vê-lo esfregar na cara da autoridade, era Armada de Dumbledore, não Armada de Potter, Armada de Dumbledore. Eu senti o umbigo puxar ao tocar chaves de portal.  Eu caí em emboscadas plantadas por homens que confiei. Eu fiz parte de rituais que não queria fazer, eu conheci pessoas incríveis e corajosas que se uniram por um bem maior. Eu vivi e vou pra sempre viver essa aventura.

   "Essa é a minha mais sincera homenagem a Harry potter, de J.K Rownling".


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